A Bioinformática no estudo do cancro

Autor: Drª. Joana Vaz

Oiça, em 1 minuto, o áudio sobre Bioinformática no Estudo do Cancro, pela Drª. Joana Vaz: “A Bioinformática no estudo do cancro”

Leia o artigo aqui:

Nós trabalhamos num consorcio multidisciplinar com biólogos e bioinformáticos do IPO e Harvard Medical School para perceber como é que as alterações celulares estão associadas à tumorigenese. Sou bióloga e trabalho na equipa de bioinformática do Instituto Gulbenkian de Ciência à procura de “genes suspeitos” de estrem enovolvidos nesse processo. Como é que as células normais se alteram e formam cancros?

Neste consórcio pensamos que parte desta capacidade está ligada ao aparecimento de centrosomas defeituosos, pois os centrosomas são estruturas celulares fundamentais para a correcta divisão de todas as células humanas. Perguntámos: como e porquê centrosomas alterados conferem vantagem às células tumorais? A resposta implica: 1º encontrar os genes “suspeitos”, 2º testá-los no laboratório.

O que eu faço é analisar dados genómicos complexos de cancro do esófago. Esta procura implica estudar os 24.000 genes humanos com tecnologias de grande escala como microarrays ou sequenciação massiva, o que gera dados muitíssimo complexos! É aqui que recorremos à Bioinformática. Esta ciência multidisciplinar permite-nos não só analisar os dados que produzimos mas também integrá-los com muitos outros tipos de informação complexa sempre com o objectivo de optimizar a nossa procura dos genes “suspeitos”.

Os genes encontrados e dados como “culpados” poderão ajudar-nos a compreender melhor o papel dos centrosomas no cancro mas acima de tudo contribuir para a detecção precoce de cancro.

Projecto financiado pela Fundação para a Tecnologia, no âmbito do Programa Harvard Medical School-Portugal, para investigação impacto de alterações das componentes celulares na progressão de dois tipos de tumores, o adenocarcinoma do esófago e o cancro da mama, nomeadamente na transformação inicial e na formação de metásteses.

Deixe um comentário