A gravidez é a primeira oportunidade para iniciar a prevenção da obesidade infantil no seu bebé.Teste os seus conhecimentos em:
Durante a gravidez é comum que as mulheres sofram com enjoos, prisão de ventre e azia. Isso acontece devido às mudanças que ocorrem no organismo durante a gravidez. Contudo, a alimentação da mulher pode agravar algumas situações ou contribuir para o alívio dos sintomas e a resolução dos problemas.
As grávidas que sofrem de enjoos, prisão de ventre e azia podem sentir-se preocupadas e cansadas com estas situações. Por vezes, pensam mesmo que o bebé está a sofrer e pode ser prejudicado com isso. Normalmente estas condições não oferecem risco nem para a saúde da mãe nem para a saúde do bebé. Só em casos mais severos pode ser necessária a intervenção médica.
Confira algumas sugestões para ajudá-la a controlar ou amenizar estas situações e aumentar o seu bem estar durante a gravidez!
Oiça, em 1 minuto, o áudio sobre “ Obesidade Infantil: da raridade à epidemia ” com o Dr. Davide Carvalho: Obesidade Infantil: da raridade à epidemia
A obesidade infantil é um fenómeno recente e preocupante. Com efeito, no século XIX era tão rara que 2 irmãos com obesidade infantil nascidos em Turim, Itália, foram passeados por toda a Europa, inclusive em Portugal, num circo onde foram observados como fenómenos extraordinários. Infelizmente hoje em dia é comum: 1/3 das crianças portuguesas tem excesso de peso e obesidade. Se pensarmos que uma criança obesa aos 6-11 anos tem um risco de 30% a 50% de ser um adulto obeso; se pensarmos que um adolescente obeso tem 75% probabilidades de ser um adulto obeso, percebemos a dimensão do problema. Para a maioria das crianças a causa da obesidade é uma predisposição genética (pais/familiares obesos) acrescida do efeito de um ambiente gerado de obesidade, traduzido por comportamentos sedentários associados a elevado consumo de alimentos densamente energéticos. Nestas crianças, o tratamento é mais eficaz se forem utilizadas técnicas motivacionais de forma a encorajar os pais a adoptarem modificações do estilo de vida bem como medidas preventivas num contexto familiar.
Oiça, em 1 minuto, o áudio sobre “ Papa Bem: alimentar é educar! ” com a Profª Isabel Loureiro: Papa Bem: alimentar é educar!
O combate à obesidade infantil é considerado um dos maiores desafios para a Saúde Pública do séc XXI.
O ambiente atual pode estimular comportamentos menos saudáveis. Alimentação saudável e uma vida ativa, especialmente nos primeiros tempos de vida, são muito importantes para criar gostos e hábitos que protegem a criança.
As refeições da criança são oportunidades únicas para promover preferências alimentares saudáveis e aprender a partilhar com a família os afetos e as vivências do seu dia a dia.
É bom sentarem-se todos à mesa, num ambiente tranquilo, sem distrações, como brinquedos e a televisão. As quantidades que se põem no prato devem ser adequadas à idade da criança e há que respeitar o seu ritmo e sinais: de fome, de que já está satisfeita, ou de que precisa de uma pausa. Obrigar, ralhar ou castigar a criança para comer é desaconselhado.
Os pais devem saber que são a sua principal referência. Assim, comer bem, praticar atividade física com o seu filho, explicar-lhe os porquês das escolhas são um bom começo. Contribui para o desenvolvimento físico, emocional e a adquirir hábitos que previnem situações, como a obesidade.
Oiça, em 1 minuto, o áudio sobre “ Obesidade Infantil: Gerações em Risco” com a Dra. Maria Daniel Vaz Almeida: Obesidade Infantil: Gerações em Risco
O excesso de peso e a obesidade na infância constituem um problema de saúde pública de enormes proporções e repercussões a nível mundial. A gravidade do problema é tal que se pode falar de gerações em risco. Mas não se estará a dramatizar ao falar de “gerações em risco”? Não, o que se quer transmitir é que a obesidade é efetivamente uma doença. E é uma doença crónica. Isto é, pode ser controlada mas não tem cura. E quanto mais cedo na vida se instalar maiores serão as consequências para os indivíduos e para a sociedade. Na verdade, nas crianças, a ingestão alimentar excessiva em relação aos gastos provoca não só aumento do volume das células gordas mas também um aumento do seu número. Esta é uma das razões para a doença se tornar crónica e em parte explica a dificuldade que os obesos têm em perder peso e em se manterem assim. Daí ser imprescindível prevenir a doença, o que começa logo à nascença com o aleitamento materno.
A higiene da alimentação: cuidados essenciais para uma alimentação saudável durante a gravidez
Uma alimentação só é saudável se for segura, ou seja, se não oferecer perigo a quem consome. Isso é particularmente importante durante a gravidez. Nesta etapa, tanto a mulher quanto o bebé estão mais sensíveis a terem doenças transmitidas pelos alimentos contaminados por microganismos, as chamadas toxinfecções alimentares.
Alguns alimentos contaminados podem não chegar a fazer mal à maior parte das pessoas, mas podem ser extremamente perigosos para a mulher grávida e o seu bebé. Saber prevenir as toxinfecções alimentares durante a gravidez é muito importante. Por isso, os cuidados com a higiene da alimentação da grávida devem ser rigorosos.
Com este terceiro texto da série “Alimentação saudável durante a gravidez” o projeto Papa Bem pretende ajudá-la neste sentido. Continue atenta! Leia o resto deste artigo »
Oiça, em 1 minuto, o áudio sobre “ Obesidade pediátrica: não uma mas muitas doenças para a vida” com a Dra Carla Rego: Obesidade pediátrica: não uma mas muitas doenças para a vida
Não se fica obeso de um dia para o outro, vai-se ficando obeso!
Saba-se atualmente que há várias obesidades:
Uma grávida obesa ou pais obesos têm maior probabilidade de ter filhos que venham a ser obesos perpetuando, assim, o ciclo de obesidade.
Uma criança obesa tem mais de 50% de hipótese de ser um adulto obeso. Já um adolescente obeso tem cerca de 90% de hipóteses de se manter um adulto obeso.
A obesidade é uma doença complexa, crónica que desde cedo se faz acompanhar de outras doenças. Efectivamente, em crianças e adolescentes portuguesas obesos com idades entre 2 – 18 anos, 14 em cada 100 tem colesterol elevado; 30 em cada 100 tem risco de vir a ter ou já tem hipertensão arterial; 13 em cada 100 tem risco de diabetes e 50 em cada 100 tem não apenas uma, mas mais do que duas destas doenças, para além da sua propria obesidade.
Para além destas doenças cardiometabólicas, que são para toda a vida, a obesidade compromete ainda a felicidade e o bem-estar.
Temos pois que pensar que se não evitamos e tratamos precocemente a obesidade pediátrica, suceder-nos-á uma geração de obesos e doentes que viverão com menos qualidade e menos tempo que os seus próprios pais.
Qualquer criança pode vir a ser obesa. Acompanhar o crescimento da criança é essencial para o diagnóstico, o tratamento e para a prevenção da obesidade infantil. Tal acompanhamento é feito nas consultas de saúde infantil de rotina. Estas consultas são oportunidades únicas para identificar sinais de alerta de que a criança está em risco de ter obesidade. Assim, é possível atuar com medidas de prevenção e tratamento antes que a obesidade se instale.
Saber como é feito o acompanhamento do crescimento da criança e quais os principais sinais de alerta para o risco de obesidade infantil pode ser muito importante. Desta forma, será muito mais fácil esclarecer as suas dúvidas, procurar a ajuda necessária junto dos profissionais de saúde, e contribuir para a prevenção da obesidade na sua criança. Confira a seguir.
Peso e altura: a primeira análise
O primeiro passo para fazer o diagnóstico da obesidade ou identificar sinais de alerta para o risco de obesidade é acompanhar o crescimento da criança através do seu peso e altura.